Requisitos Gerais
O competidor deve manter-se sobre o touro por oito segundos para obter avaliação.
A apresentação touro x competidor é determinada através de sorteio feito todos os dias ou rounds de montaria. O sorteio determina um animal para cada competidor.
O competidor não pode montar em um mesmo animal durante um rodeio, nem mesmo na final.
Equipamentos utilizados na montaria
Cinta: deve ser feita de material macio (lã ou algodão) e não pode conter acessórios que provoquem lesões
físicas no animal. O comprimento total máximo permitido da correia é de 1,70 m.
Corda Americana:
Medida de 2.10 metros esticada sem o nó. Apertador de no máximo 70 centímetros;
Medida de 1.80 metros esticada sem o nó. Apertador de 1 metro;
Altura da alça não pode ter mais do que 10 (dez) centímetros e a medida é feita com a corda esticada, sem o baixeiro;
Nenhum objeto pode ser usado para diminuir a alça;
Baixeiro com 1.3 centímetros de espessura, o couro que amarra o baixeiro não pode ficar com o nó em contato
com o touro; Quando o competidor é destro e aperta a corda do lado esquerdo o baixeiro tem que ter 13 cm ou mais após a alça e ser direcionado ao cabo da corda.
Não pode haver nada embaixo do baixeiro nem nó do couro que o amarra
A corda não pode ter nenhum tipo de emenda, objetos estranhos ou nós, exceto o nó que regula a corda;
Somente o competidor poderá regular a corda no touro antes da montaria;
A corda não pode ser sovada apertada;
Polaco medindo 12 centímetros com ou sem sino, posicionado o mais em baixo possível do touro;
A corda de montaria é de exclusiva responsabilidade do competidor. Caso quebre durante a preparação dentro do brete, o prazo para trocar a corda é o mesmo para seguir a montaria normal. Opcional o juiz mudar de brete ou não;
Se a corda de montaria quebrar durante a montaria o competidor perde o direito de uma nova montaria;
O uso de corda inapropriada acarretará a ações disciplinares;
Espessura da corda de montaria deve ser no mínimo de 14 milímetros. As barrigueiras devem possuir a mesma espessura entre uma e outra.
Será permitido apenas 1 pessoa e o competidor para apertar a corda (3 mãos).
Polaco: será obrigatório o uso de polaco na corda.
Espora: será permitido somente o uso de espora padrão. A espora, em hipótese alguma, deve conter artifícios
que provoquem lesões nos animais.
O competidor tem que estar posicionado em cima do animal vestindo sua luva quando o animal anterior sair do brete e ele for avisado de sua entrada. Caso fique constatado pelo fiscal de brete que o respectivo animal não deu condições ao competidor, o mesmo terá direito a nova preparação; caso contrário, ele será desclassificado.
Quando a montaria anterior estiver sendo realizada, o próximo competidor a se apresentar deve estar com seus equipamentos devidamente prontos em cima do touro para realizar sua montaria. Se o touro não apresentar qualquer chance de solta ao competidor, o juiz de brete informará a “opção de repete” ao competidor, ou seja, a possibilidade de outro touro para a montaria.
É facultativo ao competidor aceitar ou não a opção de repete. Caso o competidor decidir montar no mesmo touro, automaticamente, ele terá 30 segundos para iniciar a montaria. O competidor que demorar no brete caso o touro esteja em condição de solta, poderá ser desclassificado diretamente a exclusivo critério do juiz de brete, ou, os juízes terão a opção em dar um tempo adicional e definitivo de 30 segundos ao competidor para que este inicie sua montaria. Esse tempo adicional e definitivo é chamado de “clock”. Caso não haja o cumprimento deste prazo, o juiz pedirá para o competidor retirar a corda de montaria do touro e em seguida receberá uma nota zero.
No “clock”, o competidor não precisa de autorização do juiz para desamarrar a mão da corda.
Para obter nota, o competidor deverá permanecer o tempo regulamentar de 8 segundos em cima do touro,
com qualquer parte da corda americana segura na mão que ele monta.
Toda montaria se encerra com 8 segundos. O cronômetro dispara quando qualquer parte do touro passar da
linha imaginária da porteira do brete. O juiz posicionado em cima do brete que sair a montaria será o juiz
considerado cronômetro oficial.
A nota deverá ser avaliada de 0 a 100 pontos.
As notas do competidor e do animal devem ser marcadas separadamente.
A nota final apresentada é composta por 50% da nota do competidor e 50% da nota do animal e deverá ser
divulgada logo após a apresentação. Cada um dos juízes deve fazer sua avaliação de 0 a 25 pontos.
O evento, quando julgado por 2(dois) juízes, poderá incluir 0.25, 0.50 e 0.75 pontos. Com 4 (quatro) juízes
poderá incluir somente 0.50 pontos.
Durante a apresentação da montaria, a mão que fica livre (mão de equilíbrio) não deve tocar no animal e nem no
próprio corpo do competidor e/ou em partes da estrutura da arena (brete, porteira, cerca, etc.).
O competidor não deve montar com as esporas apoiadas nos nós da corda.
Considera-se “apelo” a não observância das duas proibições acima descrita. No caso de “apelo”, a nota é zero.
6.6
O competidor terá direito a opção de repete quando o juiz considerar conveniente ou quando ocorrer uma das
situações abaixo elencadas:
Qualquer falha no equipamento do tropeiro que estiver sendo usada na montaria;
No caso do touro não dar condições ao competidor de sair do brete;
Se o touro for pequeno e a corda de montaria não servir;
Quando o touro parar de pular antes dos 8 (oito) segundos, o juiz deverá avaliar e dar a opção de repete;
No caso do animal se jogar no chão, ajoelhar ou mudar de direção;
No caso da apresentação do touro ser insatisfatória;
No caso do competidor se machucar no brete no momento da solta, ou mesmo, quando o competidor for
prejudicado na própria solta;
No caso do animal mudar de direção devido ao contato com a estrutura metálica do brete em que ele está.
No caso da campainha disparar antes dos oito segundos, o competidor será avaliado com a opção de repete;
Quando o competidor estiver “no clock”, se no primeiro pulo o touro bater, rodar no brete atrapalhando o
competidor ou cair no chão o competidor terá direito ao repete;
Se o competidor obter nota menor que o touro e o juiz entender que ele foi prejudicado, ele poderá ter direito
a opção de repete.
O competidor terá que decidir se aceita ou não a opção de repete ainda dentro da arena, assim que souber sua
nota e o animal que será montado.
Os juízes têm autonomia para decidir a volta ou substituição do animal, nos seguintes casos:
Queda do sedém;
Competidor bateu a perna no brete durante a solta;
Por ineficiência comprovada do animal;
No caso do animal virar no brete prejudicando a montaria;
Em caso de doença ou ferimento constatados antes da competição.
De acordo com avaliação dos juízes e do Comitê Disciplinar de Rodeio de Montaria da CNAR, está sujeito a
penalidades o competidor e/ou profissional que desacatar ou desrespeitar juízes, diretores, organizadores, prestadores
de serviços, funcionários da CNAR, competidores e/ou público do rodeio.
Será obrigatória a presença na arena de pelo menos um laçador durante o rodeio de montarias em Touros.
A CNAR determina que os tropeiros contratados pelos eventos que tiverem o Selo Verde observem o cumprimento
das seguintes itens:
Observar regras de conduta e manejo adequadas ao bem estar animal.
Observar o comprimento estabelecido com relação ao tamanho da correia do sedem bem como não segurá-la
excessivamente no momento do inicio da montaria.
Cumprir adequadamente horários estabelecidos pela organização do evento.
Zelar pela saúde de seus animais individualmente.
Inspecionar os animais antes dos mesmos serem listados para o rodeio. Caso algum animal esteja sem
condições, deverá ser substituído.
Em caso do animal machucar-se depois do sorteio e antes do início do rodeio, o tropeiro deverá substituí-lo.
Conforme Art. 4 da Lei 10.519 de 17 de Julho de 2.002:
“– Os apetrechos técnicos utilizados nas montarias, bem como as características do arreamento, não poderão causar
injúrias ou ferimentos aos animais e devem obedecer as normas estabelecidas pela entidade representativa do rodeio,
seguindo as regras internacionalmente aceitas.
1º As cintas, cilhas e as barrigueiras deverão ser confeccionadas em lã natural.
2º Fica expressamente proibido o uso de esporas com rosetas pontiagudas ou qualquer outro instrumento que cause
ferimentos nos animais, incluindo aparelhos que provoquem choques elétricos.”
Os bretes devem ser construídos de modo a preservar a integridade física do animal.
A arena deve estar o mais livre possível de pedras, buracos ou obstáculos desnecessários.
A remoção das tropas e boiadas em geral deve ser feita logo após a competição.
Em caso de não cumprimento das regras acima relacionadas e de acordo com a avaliação dos juízes e do Comitê de
Rodeio de Montaria da CNAR, os competidores e profissionais estão sujeitos às seguintes penalidades:
advertência por escrito;
multa;
desclassificação do evento;
suspensão temporária de um ou mais eventos;
expulsão do campeonato;
expulsão da CNAR.
O CNAR não possui uma regra específica para o Ranking, ou seja, cada campeonato decidi qual será a regra para o Ranking. Como por exemplo: Soma de Notas, Soma de Tempo, Média entre tempo e Nota.
O final de Campeonato, junto com as premiações também depende de cada evento e cada campeonato. Pode ser prêmio em dinheiro, automóveis, apenas a pontuação para o próximo evento...
As Regras que compõe este manual foram adequadas aos padrões atuais deste
esporte pela CNAR- Confederação Nacional de Rodeio e poderão sofrer
adaptações no decorrer dos anos.